Eu ainda estou aqui

Mais de um ano se passou e hoje eu pensei em voltar. Minha vida mudou de lá pra cá. Tantas coisas aconteceram... Eu me pergunto até se continuo sendo a mesma pessoa que eu era há pouco mais de doze meses atrás; não me pergunte, eu não saberia responder. Eu queria ter amigos pra poder visitar. Ter memórias compartilhadas com alguém especial, mas não tenho. Não tenho nada nem ninguém. Só a solidão de um blog preto e branco. Hoje eu pensei em te ligar e vi uma menina escrevendo um diário. Eu sinto vontade de chorar, meu bem. Mas não é culpa sua, você nunca esteve aqui. Aliás, eu nem sei quem é você. A gente nunca conversou.

Por que será que eu me preocupo, então? Com o passado que eu nunca tive, o futuro que eu nunca terei. Carcomido pelo tempo sou agora não mais do que um zumbi virtual, com minhas entranhas cibernéticas rastejando pelas estradas de uma rede global de computadores.

Eu acho que te amo, sabia?

Mas eu nem sei o que é o amor.

Me disseram que a única certeza que temos é a de que não sabemos de nada e mesmo assim insistimos.

Eu não confio em quem diz ter certeza de qualquer coisa que seja.

E disso eu não tenho certeza.

Mas agora eu preciso descansar, meus braços doem, e meu nariz... atchim! Saúde.

Acho que a essa altura ninguém além de mim se importa, né? Alô, tem alguém aí?

só ouço o eco da minha própria voz, repetindo e repetindo sem parar.

Mas estou sendo pessimista ou cheguei em mais um limite que preciso superar?

Por falar em superar, ah!, nem te conto.

Eu queria te recomendar algumas músicas, eu do futuro. Você vai precisar. Música pode ser um remédio bom, às vezes. Lembra daquela música que te salvou? Eu lembro. Tenha força. E se estiver lendo isso daqui uns dez, trinta anos, eu espero que tenha realizado seu sonho.

E eu vou guardar isso aqui pra te dar de presente.

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