Review: Thunderbolts*

 

Ontem dia 20 de maio de 2025, fui ao cinema com a minha namorada e assistimos ao filme Thunderbolts*, eu não vi o trailer nem nada a respeito a priori, talvez um post no instagram que mostrava o vilão, uma criatura à la Superman sombrio que fazia as pessoas desaparecerem nas sombras, achei muito aterrorizante e fomos ao shopping ontem sem a intenção de realmente ver o filme, apenas compramos o ingresso porque estava na promoção de meia entrada, paguei 36 reais pelos dois ingressos e passamos na Americanas pra comprar uma porcarias para comer.



Dito isso, começou o filme com Yelena prestes a pular de um prédio, já dando um vislumbre do que viria a se tratar o filme. Na realidade não era o que a atmosfera da cena representava, mas uma missão, mas de fato, ela sentia que sua vida não fazia tanto sentido com toda aquela monotonia e tristeza que todos, em algum momento, vão sentir e refletir a respeito.

Ela é uma mercenária que trabalha para uma mulher rica envolvida com política. Logo um enredo de experimentos com humanos é revelado e a tal da mulher rica é a principal mandante. Bom, com as várias tentativas de desenvolver um super-humano para fins lucrativos, acabaram recrutando um homem desesperado e com um passado traumatizante que eles chamam de Bob, ninguém esperava que ele fosse sobreviver ao experimento e de fato ele morreu e seu corpo foi enviado para ser destruído como uma possível prova que ligasse a mulher rica (que eu não lembro o nome) a esses projetos desumanos. 


Bob sobreviveu, mas com sérios traumas e problemas de memória acabou desenvolvendo uma outra personalidade sombria, que às vezes toma conta de sua consciência sem que ele se lembre do que aconteceu. Ele se tornou poderoso demais, praticamente indestrutível, como um bom filme de super-herói deve ser, sempre com um ponto fraco, que no caso é ele mesmo e sua incapacidade de ter uma mente fácil de controlar. 


Eu adorei o visual do Vácuo.

E eu gostaria que ele tivesse ficado calado durante a primeira aparição. Quando surgiu na tela aquela figura completamente sombria transformando tudo em sombras eu senti um arrepio gigantesco na espinha. Uma verdadeira ameaça de nível global acabara de nascer, algo que pudesse simplesmente destruir o mundo. Mas a direção artística fez com que ele ficasse vagando no céu soltando umas frases soltas e isso simplesmente tirou a imersão do terror da cena, desviou o foco do espectador para que ele ficasse tentando prestar atenção no que ele falava. 

Eu lembrei de quando assisti Brightburn e que eu realmente senti medo da possibilidade de existir uma criatura puramente maligna e sem piedade. Algo que de certa forma caracteriza os seres humanos é que somos limitados a nossa própria existência e só podemos ser ruins até certo ponto, mas depois que acaba aqui, não temos como saber o que vêm depois, se realmente existe uma alma, paraíso, inferno etc. 

O ator fez um papel excelente representando as duas personas que habitam o mesmo corpo, isso é inegável. Yelena também, parecia estar plenamente consciente do que estava acontecendo e liderou o enredo, porém não gostei da apresentação que o filme deu para como resolver o problema no ápice do filme de forma tão acelerada e abrupta, que era: "vamos entrar na sombra e ver o que acontece". Achei absurdo e sem embasamento suficiente, puro achismo. Mas enfim, que bom que deu tudo certo no final. 

É um filme com poucas piadas, difere um pouco da maioria dos filmes da Marvel com um humor que só funciona dentro de salas de cinema lotadas. Quem sabe, sabe: a experiência de assistir um filme como Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa é diferente sozinho em casa.

O filme nos passa uma boa lição de maneira emotiva, filmes deveriam ser assim, tratar de coisas humanas, mesmo que usando de cenários impossíveis de rolar na realidade. É o que nos faz sentir empatia pelo que assistimos.


Obrigado por ler até aqui. Eu não costumo escrever reviews públicos e nem penso em fazer essas coisas com costume. Minha lista de filmes hoje tem mais 2800 títulos e nem sempre senti coragem para escrever o que pensei a respeito ou como tais obras me impactaram se impactaram. 

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