Carência catártica

Faz tempo que eu não posto nada neste blog. Não é como se eu tivesse leitores assíduos interessados na minha vidinha sem graça. Se você estiver lendo isso, parabéns, só tem você aqui. Considere-se privilegiado (a).

Eu poderia atualizar você sobre todas as coisas que aconteceram comigo este ano, mas, sinceramente, eu tenho preguiça. Eu nem sei se conseguiria juntar fatos suficientes para um resumo. 

Também não sei porque senti vontade de escrever aqui de novo. Talvez seja carência catártica. Catarse no sentido de purificação espiritual através do emocional. Vou escrever para expurgar todos esses pensamentos que estão decompondo na minha mente.

Não sei se eu já disse isso por aqui, mas eu não acredito no destino. Muito menos confio no acaso (ele tende a ter um senso de humor meio sádico às vezes). O importante é que eu tô vivo. Eu sobrevivi e por isso estou aqui. São 21:12, terça-feira, dia 18 de agosto de 2020. O ano passado foi um ano consideravelmente difícil pra mim, este ano, apesar de todo o isolamento e distanciamento obrigatório devido às medidas preventivas contra a Covid 19, foi bom, eu não tive tanto o que reclamar. Na real, a sensação de que "está todo mundo no mesmo barco" me lembrou do Titanic. O iceberg nós atingiu e agora estamos no mesmo mar lutando para não nós afogarmos. Mas eu não quero falar sobre isso. Esse tema já está saturado demais. Não aguento mais ler notícias sobre o assunto.

Eu queria falar que eu tô com medo. Mas eu não sei se é medo o que eu tô sentindo agora. Recentemente eu conheci uma pessoa. Quer dizer. Ela apareceu do nada na minha frente um dia e eu não sabia como reagir. Ainda não sei. Eu não sei o que fazer neste momento. Eu não quero me apaixonar e depois ser brutalmente rejeitado. 

Ah, Dindi, se tu soubesse como machuca, não amaria mais ninguém.

Acho que é receio. Trauma? Bem provável. 

Ainda é muito cedo pra dizer qualquer coisa. A gente se conhece a quê, pouco mais de 7 meses? Caramba eu nem lembro mais. Eu só lembro que eu segurei a mão dela uma vez. A gente nem sequer teve uma conversa de verdade.

Eu devia parar de ouvir músicas românticas e idealizar coisas como relacionamentos perfeitos.

Às vezes eu tenho vontade de rir e chorar ao mesmo tempo.

E estou prestes a iniciar o sexto semestre de uma faculdade que eu não queria fazer, mas não tive escolha a não ser continuar. Porque é isso que a gente faz com a vida: a gente continua até onde der. Depois a gente morre. 

Eu tenho medo de não ter vivido a vida como eu deveria. Como eu gostaria. Só que nem sempre as coisas são como a gente quer que seja...

Eu, há muito tempo, pelo menos desde que me entendo por gente, desde que tive consciência de quem eu era, do que eu fui e atualmente sou, venho tentando encontrar uma paz que eu nem sei se existe. Parece uma busca sem sentido pela felicidade. Eu não sei se estou satisfeito, mas eu estou aprendendo a aceitar as coisas como elas são. Não é papo de comodismo. Eu apenas sei que certas coisas não mudam e outras a gente não tem como controlar.

Eu ainda sinto uma certa urgência, como se o tempo estivesse escorrendo pelas minhas mãos e eu... Eu precisava que você ouvisse isso:



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"a lot of technology but a lack of soul"

Entre devaneios e epifânias

Review: Thunderbolts*